terça-feira, 10 de julho de 2012

JUIZ DE FORA – 162 ANOS


quinta-feira, 31 de maio de 2012

Fonte: Blog Maria do Resguardo
(http://mariadoresguardo.blogspot.com.br/2011/09/av-getulio-vargas-fabrica-bernardo.html)
O PCB – PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO – se forja na História como instrumento para o diagnóstico de nossas realidades. Uma delas é que as cidades são as realidades imediatas de cada um de nós. 

 
Nascemos numa cidade no seio de uma família, crescemos, nos formamos e constituímos laços familiares, a nossa extensão, dentro de nossas cidades. É nas cidades que vendemos nossas forças de trabalho. 

A cada dia dos que vivemos acordamos na cidade. 

A História de Juiz de Fora está intimamente ligada à História do Brasil desde o período do Brasil colônia. Por aqui passavam as caravanas que levavam o ouro de outras cidades das Minas Gerais para a matriz, Portugal. 

O próprio nome da cidade – JUIZ DE FORA – mostra esse caráter de local de trânsito em seus primeiros momentos. Um juiz de fora desembargava aqui as demandas do povoado.

Já fomos vila e em 1850 nos transformamos em cidade.

Rui Barbosa em sua campanha civilista de 1910, num comício na esquina de rua Fernando Lobo com rua de Santo Antônio chamou a cidade de MANCHESTER BRASILEIRA. Referia-se a nossa indústria têxtil e nos comparava à cidade de Manchester na Inglaterra, à época principal centro da indústria do império britânico.

Aos poucos nossas características foram sendo mudadas. A cidade que, originalmente, foi de trânsito das caravanas de ouro, se organizou em torno de empreendimentos industriais, foi a primeira na América do Sul a ter energia elétrica, para que, nos dias de hoje, segundo observamos, estar vestida de cidade de prestação de serviços, de estudantes e comércio. 

A pujança industrial perdeu-se

Por quê? Para alguns a mudança da capital do Brasil, Rio de Janeiro, para Brasília foi um fator de esvaziamento econômico de Juiz de Fora.

O PCB entende que não. A Manchester que Rui Barbosa enxergou era produto dos investimentos de famílias tradicionais, fator de acumulação de riquezas, nascedouro da luta dos trabalhadores por direitos básicos e fundamentais.

Faliu na inconseqüência desses investidores, de olho em seu próprio benefício e sem visão seja de futuro, ou seja, de direitos da classe trabalhadora.

Foi em Juiz de Fora, segundo registra John Dulles em seu trabalho ANARQUISTAS E COMUNISTAS NO BRASIL – Volume 1, Ed. Nova Fronteira, que se editou o primeiro jornal de esquerda em toda a América do Sul. E foi em Juiz de Fora, em 1945, em seu breve período de legalidade, que o PCB elegeu um vereador à Câmara Municipal, o líder de trabalhadores da construção civil Lindolfo Hill. 

Somos, por natureza, uma cidade de trabalhadores. As lutas do passado, muitas delas duras e reprimidas com violência pelas classes dominantes mostram isso.

É necessário retomar essa consciência. Conhecer a História para melhor conhecermos nossas origens e a nossa realidade.

É o debate que o PCB propõe aos trabalhadores, aos estudantes, a Juiz de Fora.

Com a convicção que esse debate, em tempos de neoliberalismo, é fundamental para a retomada da História e conseqüentemente a de Juiz de Fora, num caminho em que o progresso não apenas o privilégio de uns, mas o bem comum de todos, sempre escorado em ampla participação popular, do contrário não terá sentido.

O que vemos hoje é um crescimento desordenado, que favorece a grupos que nem têm raízes na cidade (as obras públicas, as terceirizações) e a classe trabalhadora cada vez mais relegada às periferias tanto no sentido físico, como político e social.

O PCB quer o debate, propõe o debate e traz consigo a idéia de reencontro do trabalhador com sua cidade. Do estudante com sua cidade. E a construção de uma cidade camarada.

Temos História de lutas para encontrar esse caminho.  

Fonte:http://pcbjuizdefora.blogspot.com.br/2012/05/juiz-de-fora-162-anos.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário