sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Debate na Rede : a mídia , a manipulação e criminalização em favor da manutenção do sistema


De volta à Inquisição
por Marcelo Semer
Quando o órgão de imprensa assume claramente sua posição, pode participar, mesmo que às vezes de forma agressiva, na formação desta opinião pública.
Mas quando a esconde nas entrelinhas, nas mensagens subliminares ou nos títulos provocativos, busca simplesmente fazer da sua, a opinião do público. É a versão se travestindo em verdade.
Essa falsa neutralidade agride não apenas quando mascara a posição, mas, sobretudo, quando se distingue daqueles que a assumem.
Arroga-se uma credibilidade ancorada justamente na linha divisória de quem não tem preferências, e por isso mesmo, não carregaria suspeições.
A “conduta enviesada”, assim, não é apenas omissa, mas ensimesmada e excludente.

A questão pode ser vista mais claramente na forma como se acolhem as partes em um julgamento criminal.
Tomar a acusação como referência imparcial e a defesa como suspeita, por exemplo, é o erro mais frequente de quem supõe expressar um juízo isento –e, infelizmente, não ocorre apenas na imprensa.
Fazer do acusador uma espécie de juiz afronta a ideia central do processo penal democrático e reedita os tempos negros do chamado, não à toa, sistema inquisitorial.
    • Charge  Lattuf
      É um procedimento típico das organizações GLOBO. Em qualquer situação que envolva a possibilidade de um espetáculo. Seja para condenar arvorando-se em uma organização maior que a suprema corte, pela via da desqualificação dos que se lhe opõ
      em, ou aos seus interesses, seja pelo espetáculo em si, caso dos Nardoni. Não há a preocupação com o fato em todas os seus nuances, os seus lados, mas com o show, numa ou noutra dimensão. Quando digo que é típico é porque isso vem desde a campanha das diretas, o impedimento de Collor, a forma como deturpa as notícias, a revelação por documentos do Wikileaks das ligações de William Waack com o Departamento de Estado e particularmente a secretária Hilary Clinton, o poder monopolítico da notícia, enfim, o que conhecemos. As organizações GLOBO se colocam acima do Estado, da democracia, da opinião pública, se lixam para o Estado, a democracia e a opinião pública e isso causa um grande mal ao país. Daí a necessidade do marco regulatório, evitando desde grandes redes como a GLOBO, até publicações abjetas como VEJA. A questão num processo criminal, qualquer que seja, são so fatos e as provas. Não a condenação prévia de quem quer que seja. Sobre a greve dos professores, o mensalão tucano, aí silêncio absoluto.


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