segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Diario de campanha - Você sabia que o HU( Hospital universitário) pode ser PRIVATIZADO?


DIGA NAO a PRIVATIZAÇÃO:



A Audiência Pública realizada no plenário da Câmara Municipal nesta segunda-feira, dia 20 de agosto, requerida pelos servidores da Universidade Federal de Juiz de Fora e deferida pela Comissão de Saúde da Casa, contou com expressiva presença de servidores e foi possível levar aos vereadores a realidade seja da greve dos servidores, seja dos projetos do governo federal em relação aos hospitais universitários do País.

O pote de privatizações e do processo de entrega do patrimônio púbico brasileiro a empresas, via de regra associadas ao capital internacional, tem sido guardado a sete chaves pelos tucanos (PSDB) em São Paulo. O PT, um partido paulista por excelência parece ter descoberto o segredo para chegar a esse pote.

O governo Dilma Roussef, na contramão de suas promessas de campanha, e na mão das promessas que José Serra fez – e foi derrotado –, vai implementar um baita pacote de privatizações de rodovias, ferrovias, aeroportos, tudo com recursos públicos, que chama de “alavanca” para o desenvolvimento do Brasil, de “correção de rumos e de alguns erros”.

Entre as privatizações a serem implementadas está a dos hospitais universitários. Hospitais universitários diferem dos hospitais como os conhecemos. Se presta aos estudantes de medicina tanto no curso em si, como na pesquisa e na extensão. São fundamentais no processo de formação de bons médicos.

Vão ser entregues a iniciativa privada o que significa dizer que médicos serão formados dentro da lógica do mercado, voltados para o mercado.

Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Uma empresa estatal de direito privado é o que Dilma Roussef quer. A própria presidente chamou isso de “concessão”, eufemismo criado para disfarçar a entrega, a privatização.

Na prática significa o fim do SUS. Num hospital com 200 leitos por exemplo, 150 serão reservados pelas empresas “concessionárias” a planos de saúde, todos eles subsidiados por recursos públicos. E apenas 50 estarão a disposição do SUS. É um exemplo.

O pacote de privatizações do governo Dilma concede incentivos a montadoras de automóveis. E nenhuma delas é brasileira. A General Motors está demitindo 1 500 empregados em São Bernardo do Campo. O governo não tem coragem, mais precisamente, peito, para enfrentar a empresa. O Estado brasileiro, a máquina estatal, nos três poderes, é privatizada e as montadoras são parte dos grupos de principais acionistas. Sustentamos aqui as matrizes, quase todas em processo falimentar, ou saindo de processos falimentares por conta de “ajudas” de países como o Brasil.

Dilma é um embuste. Adotou o modelo tucano e abriu mão de um “projeto Brasil”, expressão que Lula usou em sua campanha de 2002, para sacramentar a dependência.

Os servidores públicos serão lesados em seus direitos e o cidadão traído em seu voto – a maioria que elegeu Dilma – já que a saúde pública será precarizada e transformada em negócio para empresas.

A audiência pública serviu para mostrar com caráter definitivo, o caráter real do governo de Dilma.

O PCB teve oportunidade de se manifestar (o espaço é democrático, aberto a todos) e deixou registrada a sua indignação e seu protesto contra essa decisão do governo federal.

Como partido revolucionário, com 90 anos de luta ao lado do trabalhador e parte das principais conquistas do trabalhador brasileiro, deixou claro também que os direitos básicos e fundamentais do trabalhador serão sacrificados após as eleições e por isso a luta contra a privatização dos hospitais universitários é a luta contra o sucateamento ostensivo da Universidade pública no Brasil. Dessa maneira, a opção por um País manco, dependente de tecnologias essenciais, pois os centros geradores de saber, os centros acadêmicos capazes de alavancar direto o progresso real do Brasil, estão sendo entregues ao mercado.

Todas as intervenções, a exceção de um vereador tucano, foram contrárias ao projeto do governo Dilma. Citou o exemplo das UPAs na cidade. Não disse que aos sábados, por exemplo, em nenhuma UPA existe um pediatra de plantão. É o modelo privatista. Economiza em médicos, em servidores de saúde, vende a idéia que o servidor é caro e dá o lucro, com dinheiro público a empresas.

Na ocasião foi possível tomar contato com os moradores do bairro Santa Teresa que tiveram suas casas afetadas e tiveram que abandoná-las, muitos deles, moradores há 30 anos no local. Um problema sem solução até hoje, embora o atual prefeito, durante sua campanha, tivesse prometido solucioná-lo em três meses. Lá se vão quase quatro anos e nada.

A Caixa Econômica Federal liberou 3 milhões 117 mil reais para as obras de contenção no bairro Santa Teresa. A concorrência foi ganha pela DELTA. O escândalo com a empresa de Cachoeira fez com que a licitação fosse anulada. Ao invés de passar a obra para o segundo colocado, uma empresa de Juiz de Fora, o prefeito anulou a licitação, fez outra licitação e uma empresa de fora da cidade vem realizar as obras sabe-se lá quando. A verba foi conquista dos moradores que lutaram junto ao governo para esses recursos virassem realidade.

Vai ser preciso fiscalizar cada centavo dessa verba. É necessário que essa injustiça seja reparada. É preciso ficar explícito que o prefeito atual não gosta de empresas locais e nem está preocupado com a urgência do que prometeu resolver em três meses.

O PCB tem consciência das dificuldades orçamentárias do Município, mas sabe que se adotadas como prioridades as reivindicações populares e não os interesses de empresas ligadas a tucanos, teria sido possível resolver esse problema em pouco tempo.

As campanhas eleitorais, para o PCB são instrumentos e meios. Não são fins. A luta popular não se esgota nas eleições. Ela é permanente e a lição que os moradores de Santa Teresa deixam na luta pelos recursos mostra a face real dos governos que temos.

É uma luta que se trava nas ruas, com o poder popular, construído junto aos trabalhadores.

As campanhas são aprendizado para o Partido Comunista Brasileiro e a cada dia se aprende com o povo, com os trabalhadores.

Foi um dia rico em acontecimentos de luta e o sinal que cada dia é necessário um esforço maior para que possamos construir a CIDADE CAMARADA, pois é a cidade a nossa realidade imediata.

PCB é isso. Um partido revolucionário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário