segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Diario de campanha: Jantar e debate com Empresários Integra do Discurso COMUNISTA





RESUMO DA FALA DO CANDIDATO LAERTE BRAGA (PCB) EM JANTAR DE ASSOCIAÇÕES EMPRESARIAIS


O Partido Comunista Brasileiro tem 90 anos de história de lutas ao lado da classe trabalhadora. Como disse o poeta Ferreira Gullar, pode não ter sido o maior partido do Ocidente, mas esteve e está presente em todas as conquistas da classe trabalhadora.

Em Juiz de Fora, logo após a deposição de Getúlio Vargas, em 1945, o PCB elegeu dois vereadores. O operário da construção civil Lindolfo Hill e na legenda do PSB o professora Irineu Guimarães, que exerceu o cargo de uma das mais consagradas escolas de Juiz de Fora, o Instituto Granbery. Figuras de peso na cidade fizeram parte do PCB, como o advogado Thomaz Bernardino, que entre outros cargos, foi diretor da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Juiz de Fora.

A cidade foi cognominada de MANCHESTER BRASILEIRA por Rui Barbosa, num discurso pronunciado na campanha civilista de 1910, num comício realizado na esquina de ruas Fernando Lobo e Santo Antônio. Éramos um parque industrial respeitável em todo o País.

O perfil da cidade hoje é diferente. Somos uma cidade onde as atividades comercial, de prestação de serviços e de entidades voltadas para a educação dão o tom da economia. Isso implica na perspectiva do chamado turismo de eventos, ou turismo de negócios, uma vocação de Juiz de Fora.

O Partido Comunista Brasileiro entende que, num estado capitalista, os serviços públicos essenciais devem ser geridos pelo Poder Público, pondo fim aos processos de terceirização e privatização, sobretudo na saúde, sucateada e privatizada.

É possível implementar o desenvolvimento econômico com parcerias entre micro, pequenos e médios empresários através de cooperação com a Universidade Federal de Juiz de Fora.

A ilusão de grandes empresas é só ilusão mesmo. O mundo capitalista está em crise, a União Européia falida, os Estados Unidos enfrentando uma seca classificada como a segunda pior de sua história, com quebra de 76% das safras de algodão, soja e milho, o que significa que vamos exportar mais etanol, que por sua vez diminui o volume de terras voltadas para a produção de alimentos. Isso vai representar uma disparada nos preços de alimentos da terra. É preciso entender que a globalização diz respeito às cidades. Hoje, espirra-se na China e repercute em Juiz de Fora, em todas as cidades.

A cidade é a nossa primeira realidade, a realidade imediata. É onde nascemos no seio de uma família, crescemos, nos formamos, constituímos nossas famílias, vendemos nossa força de trabalho e terminamos nossos dias. Não se pode pensar a cidade sem a participação popular de todas as categorias, da sociedade civil organizada e até da desorganizada. Por isso o nosso plano de governo não contém dados técnicos de um milímetro numa obra aqui, um milímetro no obra ali. A cidade é de todos e por todos deve ser construída, definida.

Os micros, pequenos e médios empresários são os que pagam imposto, os que sustentam o emprego numa cidade com as características de Juiz de Fora. A grande custa caro e esse custo, através de benefícios fiscais, tributários, etc, é transferido ao trabalhado e aos micros, pequenos e médios empresários.

A não ser que alguém traga empresas de grande porte de Marte, não existe essa possibilidade.

O Partido Comunista Brasileiro ao longo de sua história contou com figuras de destaque no cenário nacional. Jorge Amado, Monteiro Lobato, Di Cavalcanti e outros.

A educação em horário integral, por si só, é uma é uma revolução. Quando o professor comunista Darcy Ribeiro concebeu os CIEPS, projetados pelo arquiteto comunista Oscar Niemeyer, as crianças das áreas mais pobres foram beneficiadas diretamente. Quando os governos posteriores deixaram de lado o projeto, cerca de seis mil crianças das favelas do Rio foram para o tráfico.

O Partido Comunista Brasileiro entende que o Poder Popular deve discutir o desenho urbano e humano da cidade, por isso é necessária a revisão da Lei de Uso do Solo, com a valorização do ser humano.

O aeroporto de Goianá, certamente, resolverá um dos gargalos de nosso desenvolvimento, é preciso sim destravar os problemas burocráticos.

A cidade teve quatro grandes prefeitos ao longo de sua história – Menelick de Carvalho, Dilermando Cruz Filho, Itamar Franco e Tarcísio Delgado, o que não significa que os outros foram ruins ou bons, mas que esses quatro tiveram visões de futuro e alavancaram processos de desenvolvimento, como abriram perspectivas para esse desenvolvimento.

É preciso ressaltar e deixar claro que nós, marxistas leninistas entendemos que os setores produtivos estratégicos devem ficar em mãos do Estado e Lenine em sua NOVA POLÍTICA ECONÔMICA não eliminava a pequena propriedade privada. Não queremos tomar padaria, ou bar de ninguém, mas tomar conta da saúde, da educação, dos transportes coletivos, do meio ambiente, enfim, do que é dever do Poder Público e isso só será passível de êxito com o todo da cidade, a ampla participação popular.

Não temos compromisso com a vitória e nem medo da derrota, temos um compromisso histórico com o marxismo.

Estamos aqui hoje, numa reunião de empresários, promovida por entidades empresariais em respeito aos senhores, por entender que a cidade é um todo. E deve ser construída por todos.

E por fim lembrar um momento de importância para a percepção do significado do comunismo. Quando Fidel Castro recebeu o papa João Paulo II disse a ele – “hoje, 200 milhões de crianças no mundo dormirão nas ruas, nenhuma delas é cubana”.



Jantar e debate com empresários. A visão da cidade como um todo.

Pq. descriminalizar o que propositadamente a fim de manterem o sistema opressor fizeram ELLES ( com o apoio da mídia golpista) é preciso.

E desmistificou-se naquele momento.

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